Porque que é que temos de viver sempre com aquele medo?
Porque é que tudo tem um fim?
Porque é que nada é não posso ter o que sonho sem ter de passar pelo sofrimento?
Derramam-se grandes e gordas lágrimas pela cascata do meu rosto, tão novo mas já gasto. Gasto por tudo o que o rio arrasta consigo nos seus pequenos carreiros: pedras, ramos, fridas, crenças. memorias, pessoas, momentos, tudo, e dói tanto.
Porque é que tudo parte para longe?
Porque é que tudo pode desaparecer num instante? Apenas com um olhar, palavra, acto. Tudo desaparece e eu, aqui sentada, neste chão gelado, com os meus trapos, aconchegada nas pernas, chorando, implorando que o que mais preciso venha para junto de mim, o que me faz mais falta regresse e não o contrário. Pergunto-me porque é que custa tanto ser feliz, fazer os outros felizes?
Porque é que a vida perfeita que todos procuramos também não existe?
A vida também não teria piada se assim fosse, mas já chega de sofrimento, de complicações, onde é que estão as oportunidades? Quero-as, preciso imediatamente delas, estou sedenta, tudo me arde por dentro, tudo me doí, por estar vazio, tem de ser preenchido.
Tu devias escrever um livro ou coisa assim.
ResponderEliminarSão essas palavras que captam um leitor.
Sao essas palavras que me captam a mim.
Esse texto é impressionante.
E se é assim que te sentes, por favor desabafa porque nao gosto de te ver assim.
mas adorei este texto.