sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Era um sábado de manhã... Acordei. Não consegui ficar na cama. Não sabia o que havia de fazer. Mas levantei-me e fui à cozinha. Tirei a jarra do leite no frigorífico, e enchi um copo de vidro com aquele líquido branco e fresco e bebi-o, em pleno Inverno. O prazer que eu senti em fazê-lo! Meti na minha mão o resto que tinha deixado e dei-o ao meu cachorro, soube-me mesmo bem fazê-lo. Estava tão bonito o meu cão naquela manhã.
Limpei a mão ao pijama, um gesto que inocentemente adoro, dirigi-me ao quarto de banho, não consegui olhar para o espelho. Despi-me e tomei um banho. Soube bem. Vesti umas leggins da minha mãe e uma camisola do meu pai. Senti-me confortável. Pus a pulseira do meu melhor amigo e o colar da minha melhor amiga e no bolso guardei um pequeno texto que o meu irmão me escreveu. Atirei o telemóvel para a cama e agarrei no meu álbum de fotos e textos, onde tenho os meus sonhos e relíquias. Saí de casa apenas com isto. Dirigi-me á falésia aqui a trás da minha casa. O céu tinha cores lindíssimas, não sabia que horas eram. Quando vi o mar e o seu cheiro, sentei-me no chão.
Não sabia o que estava ali a fazer nem porque, mas sentia-me bem por estar sozinha. Não estava a pensar em absolutamente nada, e em nada me preocupava naquele momento. Reli o meu pequeno Álbum e sorri, chorei e olhei de novo para o mar. Estava calmo, tão calmo que parecia que vivia aquele momento comigo, que me fazia companhia.
Sorri e voltei a chorar, por me lembrar que em niguém posso depositar certos valores, por me lembrar no que me desiludir, por não perceber nada, por saber nada e querer sempre muito. Não foi um mau momento, foi simplesmente um momento especial em que me senti como me sinto sempre, sentindo demais

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